Eu

Um rosto imundo de mágoa
Eu, suavemente afasto-me do Mundo
E começo a voar para junto da Felicidade.

Livremente bailo,
Floresço intensamente,
Com murmúrio de Andorinha…
O sorriso de uma Flor
Vejo algo a renascer
Um pouco translúcido
Imaginário talvez!

Agarrou-me para nunca me perder
Tentou impor-me Regras
Sou prisioneira da minha própria Vida
Tenho medo de abrir a Porta
Uma porta escura e cruel
Desconheço o Futuro…

Seria Ela ou a Tristeza?

Tentei passar despercebida
Lutei para ser igual,
Mas diferente
Que frustração, sou impedida.
As nuvens e o nevoeiro cerrado
Que atravessava o meu olhar
Finalmente desaparece.

Ela encontrou-me
Conseguiu fazer-me abrir a Porta,
Os meus olhos reflectiram transparência
E a alma uma Vitória.

Acordei…
Regressei ao Mundo
Afinal tudo não passava de uma viagem pelo meu Mundo.