Mascara

Como medusas que planejam
Num oceano sem fim…


Vontade de aparecer,
Não como sou
Mas sim como gostaria de ser
Surpreendendo a minha Ela
Apareço nos mares nunca antes banhados
Lança-se para junto do meu ser.


Vejo-a sobrevoando em águas densas e superficiais
Dos confins do mundo…
Aproxima-se e...
A minha mascara de tentáculos
Faz estremecer,
Arrepiar fortemente o corpo dela
Que nesse instante tentava sobrevoar dentro de águas imaginárias.


A traição prendeu-a
Ela implora,
Com forças vindas do Além,
Que ela possuíra em tempos
E que foram perdendo esperanças de viver
Desvanecem então,
Em águas escuras e subtis


Mascara como aquela
Se desvendasse e demonstrasse
O que certamente seria sem aquela farsa
Dita iluminada e transparente…


Fugindo do olhar d’Ela
Parti para sempre,
Para jamais ser recordada…