Banco de ideias desde 2006

Desenhado num céu permanentemente nublado,
com piruetas e acrobacias feitas por aviões que cortam e descortam os pedaços de vales e planaltos..
E de repente cai um pingo molhado!


13 dezembro 2006

Ódio

Olho para ti
como se fosse a mim,
uma enorme solidão
um olhar frio e húmido
como as manhãs de Inverno
sem o cantar dos pássaros
sem o brilhar do sol
e o reflectir do seu calor no olhar.

A alma caí,
desliza pela pele
e pelo sofrimento já condensado
caí, caí…
até não conseguir mais
sem sobrevivência alguma
deixa de ser o que era
uma alma forte e segura,
fica destrocada,
sem vida,
sem afecto,
sem amor,
morre!

Morre,
em lágrimas que transbordavam
à um milhão de anos
e que nunca tinham sido condensadas.

És a fonte seca e inútil
que destrói o meu ser.
És a ferida na minha alma,
que não sara
que dói sem ter limites,
que faz a minha alma
ficar carregada de emoção gelada,
gelada que a minha alma fica derrotada.

Preciso de quente,
de ternura, de afecto
para que a minha alma estabilize,
para que o meu ódio por ti
desvaneça, até desaparecer completamente
no oceano dos sentimentos
fracos, feios, frios e insensíveis.

Por favor,
alguém me agarre,
estou perdida
neste oceano sem fim,
sou como um barco
que anda à deriva
que não encontra amigo
para encontrar a rota tão desejada.

Odeio-te…
O meu sofrimento que recaía
sobre o teu ser
e que te leve ao céu.

Quando eu morrer,
também morres,
fazes parte da minha vida.

És uma ferida
que me acompanha nesta vida
de solidão, de desprezo,
de angústia.

Tem todo o dever,
de partires comigo,
és demasiado grande
para não sobreviveres,
vou fazer para te destruir,
nem que para isso,
mais lágrimas tenham de sair
do meu imenso olhar…
(Realizado, pensando na minha vida)

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